Atendimento à distância: como funciona
Com o advento da internet, novas formas de comunicação estão sendo criadas.
Esse tipo de atendimento segue algumas regras:
- O atendimento à distância foi regulamentado pelo Conselho Federal de Psicologia pela resolução CFP 11/2012. Considerando que os serviços psicológicos mediados pelo computador têm a característica de ser breve e focal, o Conselho Federal de Psicologia tem adotado para o processo o número máximo de 20 encontros;
- O público-alvo para esse tipo de trabalho é o mesmo que no consultório físico: adolescentes, adultos e casais. Menores de idade só podem ser atendidos mediante autorização expressa dos pais ou responsáveis;
- Os serviços oferecidos são anamnese e consulta psicológica;
- A comunicação é feita através do telefone fixo, skype, celular, Facetime de áudio e whatsapp.
- Sobre o sigilo: O psicólogo tem a obrigatoriedade de guardar sigilo sobre os atendimentos, conforme o Código de Ética Profissional do Psicólogo e os clientes devem ser alertados que o meio eletrônico não é confiável. É dever do psicólogo tomar precauções e adotar procedimentos técnicos que garantam o sigilo da comunicação e que reduzam a vulnerabilidade do meio eletrônico e solicitar aos clientes que façam o mesmo. Deve o psicólogo deixar claro que os serviços mediados por computadores não podem ser considerados como tecnicamente sigilosos e seguros.
Muitos criticam essa forma de atendimento por considerarem-na ineficaz.
No entanto, essa maneira de comunicação já é utilizada há muitos anos nos Estados Unidos, com registros datando de 1982. Freud se comunicava com seus pacientes por cartas, há 100 anos atrás.
Na prática, o que observo é que o tratamento dos clientes que são atendidos à distância não deixa a desejar em relação aos presenciais.
A desvantagem desse tipo de atendimento é a falta de contato físico e a impossibilidade de leitura dos sinais corpóreos.
Mas existem inúmeras vantagens, a saber:
1 – Economia de tempo – o cliente não perde tempo se deslocando uma hora até o consultório, outra hora sendo atendido e outra voltando. Usa-se 1h do dia ao invés de 3 h;
2 – Mobilidade – clientes que viajam frequentemente podem manter as suas sessões sem precisarem interromper ou procurar outro profissional e contar sua história toda de novo;
3 – Acesso – pessoas que moram em locais distantes, onde não conseguem encontrar um profissional qualificado, tem acesso a um atendimento sem precisarem viajar;
4 – Tempestividade (frequência) – imagine um cliente deprimido ou em pânico que não consegue sair de casa no dia da sessão – ligo para ele e assim atravessamos a inércia típica desse tipo de quadro. O tratamento se mantém e na semana seguinte ele aparece no consultório
5 – Imigrantes – brasileiros residentes no exterior tem a chance de falar com alguém em português, alguém que entende a sua cultura, a sua visão de mundo, dando um suporte terapêutico mais eficaz do que o prestado por um terapeuta estrangeiro.
As sessões funcionam como uma sessão física. Não gosto de usar camêras ou webcams pois as pessoas costumam se sentir envergonhadas. Uso apenas o áudio.
Não atendo através de emails ou mensagens, salvo para pequenos comentários.
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